Tertúlia debate sector em Cucujães Futuro do artesanato passa pela certificação dos produtos
Tertúlia debate sector em Cucujães
Futuro do artesanato passa pela certificação dos produtos
A valorização da autenticidade do artesanato tradicional foi um dos enfoques de mais uma tertúlia dinamizada pela Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM).
Subordinada ao tema “A qualificação e identidade do artesanato local”, a iniciativa decorreu nesta quinta-feira em Cucujães, concelho de Oliveira de Azeméis.
“O contributo deste sector tão particular é, sem dúvida, muito importante para a definição de uma estratégia local para o território”, disse a coordenadora da ADRITEM, Teresa Pouzada, que moderou os trabalhos.
A sessão – que surge no contexto dos “Encontros para o Desenvolvimento Local” – contou com a parceria da Câmara de Oliveira de Azeméis e da Associação de Artesãos de Terras de Santa Maria.
O vereador Pedro Marques – responsável pelo pelouro do Turismo na autarquia oliveirense – é o primeiro a reconhecer a importância do artesanato na preservação da identidade local. “Trata-se, cada vez mais, de uma das áreas de intervenção dos municípios, sendo um dos pólos fulcrais que deve ser valorizado”, afirmou.
“O turismo das regiões e dos concelhos vive muito do seu artesanato”, salientou o autarca.
Lutar para que o sector seja “mais reconhecido” é, precisamente, um dos desafios do Centro de Formação Profissional do Artesanato (CEARTE), criado em 1986. Presente na tertúlia, o director da instituição, Luís Rocha, considerou que “hoje em dia o artesanato assume-se como um instrumento de inclusão social”.
O responsável lembrou que os artesãos têm de pautar a sua trajectória pela qualidade dos seus produtos, defendendo que “devem procurar melhorar as suas competências através da formação”.
O coordenador do Programa para a Promoção dos Ofícios e da Microempresas Artesanais (PPART), Fernando Gaspar, alinha pelo mesmo diapasão, sublinhando que todos aqueles que se dedicam às produções artesanais “necessitam de estar em permanente formação e aprendizagem, no sentido de alcançarem a qualidade”.
Fernando Gaspar ressaltou ainda que a certificação de produtos artesanais “é o caminho”, sendo um elemento estruturante do sector para garantir a sobrevivência de muitas das produções tradicionais.
“Precisamos de uma legislação mais amiga das pessoas”, disse o presidente da Associação de Artesãos da Serra da Estrela e Região Centro de Portugal, João Amaral. “O artesanato é um excelente cartão-de-visita do território e, para tal, deve ser acarinhado”, referiu.
O dirigente aproveitou a deslocação a Cucujães para dar a conhecer toda a actividade que instituição serrana tem vindo a realizar, assente “em três desígnios fundamentais”: a formação, o empreendedorismo, e a internacionalização.
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